quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Os Senhores do Mundo

Os Senhores do Mundo, de Noam Chomsky, chega às livrarias já esta sexta-feira. Este livro, com prefácio de Marcus Raskin, consiste num conjunto de ensaios e palestras políticas escritos entre 1969 e 2013, cujo tema unificador é: quem são os Senhores do Mundo e como estabelecem e mantêm o seu domínio.

A resposta está, em grande parte, na «disseminação activa da miopia intelectual e na distorção que é posta ao serviço da elite no poder».

Esta colectânea de textos abrange mais de quarenta anos de revelações sobre os principais acontecimentos mundiais patrocinados pelas maiores potências ocidentais. É uma visão honesta sobre o modus operandi por detrás das motivações dos líderes e formadores de opinião, políticos e empresariais, e as consequências das suas decisões.

Noam Chomsky é uma figura central no pensamento político dos nossos dias. Considerado o pai da linguística moderna e um dos mais importantes intelectuais vivos, é linguista, filósofo, cientista cognitivo, lógico, comentador político, activista, autor de mais de cem livros e vencedor de inúmeros prémios e menções honrosas.

Bertrand Editora - 15,50€

O regresso de uma das figuras mais influentes na reflexão política do nosso tempo num exame incisivo à natureza do poder do Estado e das ideologias reintroduzindo questões morais e legais que muitas vezes ignoramos e que vão do papel dos intelectuais até à sobrevivência da nossa civilização passando pela prática da democracia e pela conservação da natureza. Uma análise implacável que é feita aos mitos dos que protegem o poder e o privilégio de poucos contra os interesses e necessidades de muitos. Uma nova introdução escrita por Marcus Raskin contextualiza o lugar de Chomsky no pensamento da história moderna.

Noam Chomsky, tem sido, ao longo de mais de quatro décadas, um proeminente linguista e um destacado activista político. Nasceu em 1928, em Filadélfia, na Pensilvânia, de uma família de Judeus emigrados da Rússia. Com os pais conheceu desde cedo o interesse pelas questões linguísticas e pelos problemas políticos, nomeadamente quanto às diferentes posições da resistência judaica ao nazi-fascismo. Em 1945 matricula-se na Universidade de Filadélfia. Manifesta-se contra a criação do estado judaico na Palestina, prevendo a marginalização da população árabe. Chega a pensar em abandonar os estudos, para ir para a Palestina dedicar-se à cooperação socialista entre árabes e judeus. As suas simpatias socialistas orientam-se no sentido do movimento operário cooperativo, de tendência libertária. Na investigação linguística, Chomsky cedo se apercebe das limitações do estruturalismo americano, e lança as bases da mais profunda revolução da Linguística moderna, com amplas consequências para as Ciências Cognitivas. A partir do início da década de 60, participa com frequência no debate público sobre temas políticos, designadamente a acção externa nos EUA, a colaboração dos intelectuais com a política oficial ou o conflito israelo-árabe, o que frequentemente lhe valeu, para além do ódio por parte da grande imprensa, variadas perseguições que chegaram à tentativa de agressão física. Uma primeira colectânea dos seus escritos políticos, «O poder americano e os novos mandarins», publicado em 1969, constitui uma peça essencial na avaliação da intervenção dos EUA na Ásia, nomeadamente no Vietname.

Sem comentários:

Enviar um comentário